As políticas monetárias da Federal Reserve exercem um impacto relevante sobre a volatilidade das criptomoedas, influenciando frequentemente movimentos de preços até 50%. Esta influência expressiva resulta sobretudo da interligação dos mercados financeiros globais e da sensibilidade dos ativos digitais face a fatores macroeconómicos. Quando a Fed reduz as taxas de juro, verifica-se normalmente uma valorização das criptomoedas, dado que os investidores procuram ativos com maior rentabilidade. Pelo contrário, a subida das taxas tende a enfraquecer o valor das criptomoedas, já que os investimentos tradicionais se tornam mais competitivos.
Para ilustrar esta ligação, apresentam-se os seguintes dados:
| Ação da Fed | Impacto na volatilidade cripto |
|---|---|
| Corte nas taxas | Aumento de preço entre +25% e +50% |
| Subida das taxas | Queda de preço entre -20% e -40% |
Estes dados evidenciam a forte influência das políticas da Fed no mercado de criptomoedas. Por exemplo, em 2025, cortes controlados nas taxas e uma redução gradual das medidas de estímulo reforçaram a atratividade das criptomoedas, com o Bitcoin projetado para atingir 130 000 $. Esta previsão baseou-se numa entrada superior a 46,6 mil milhões $ em ETFs de Bitcoin desde o início do ano, com o IBIT da BlackRock a gerir autonomamente 51 mil milhões $ em ativos sob gestão.
A reação do mercado cripto às decisões da Fed reforça a relevância de acompanhar atentamente as decisões dos bancos centrais para investidores e operadores no segmento dos ativos digitais. À medida que a Fed gere o equilíbrio entre o controlo da inflação e o suporte ao emprego, estes fatores continuarão a influenciar o potencial de investimento a longo prazo dos criptoativos.
Um estudo recente de Hakimi, publicado num working paper do FMI em 2021, evidenciou o impacto relevante dos dados de inflação na volatilidade dos preços das criptomoedas. O estudo revela que cerca de 30% das oscilações de preço cripto provêm de informação relacionada com a inflação. Este resultado destaca a estreita ligação entre fatores macroeconómicos e os mercados de ativos digitais.
Para ilustrar a influência de vários indicadores económicos nos preços das criptomoedas, veja a seguinte comparação:
| Fator económico | Impacto nos preços cripto |
|---|---|
| Inflação (IPC) | Elevado |
| Taxas de juro | Elevado |
| Crescimento do PIB | Elevado |
| Dados do emprego | Reduzido |
Apesar do papel central da inflação, fatores como taxas de juro e crescimento do PIB também têm impacto significativo na evolução do mercado cripto. Por exemplo, políticas monetárias expansionistas costumam alimentar mercados bull, enquanto políticas restritivas, como subidas de taxas, tendem a gerar movimentos bearish.
Até 2025, os especialistas preveem uma correlação mais acentuada entre os indicadores de inflação e os preços das criptomoedas. As projeções apontam para um Índice de Preços no Consumidor (IPC) de aproximadamente 3,4% e um Índice de Preços no Produtor (IPP) de -3,6%. Estes números, em conjugação com a influência de 30% dos dados de inflação, sugerem que os intervenientes de mercado devem acompanhar de perto as tendências inflacionistas ao tomar decisões de investimento no universo cripto.
Estudos recentes demonstram uma correlação relevante entre os mercados financeiros tradicionais e as oscilações de preço das criptomoedas. Cerca de 20% das variações de preços cripto resultam de movimentos nos mercados financeiros tradicionais, evidenciando uma crescente interdependência entre ambos os setores. Esta relação é particularmente notória quando se comparam ativos cripto com ações. A tabela seguinte apresenta a correlação entre as principais criptomoedas e alguns índices bolsistas:
| Ativo | Correlação com S&P 500 | Correlação com NASDAQ |
|---|---|---|
| Bitcoin | 0,61 | 0,58 |
| Ethereum | 0,65 | 0,63 |
Estes valores sugerem que, com a maturação do setor das criptomoedas, existe uma integração crescente com o ecossistema financeiro global. Contudo, importa destacar que as oscilações cripto continuam a ser menos condicionadas por fatores macroeconómicos do que os ativos financeiros tradicionais. Os restantes 80% das variações de preço advêm, na sua maioria, de fatores endógenos à criptoeconomia, como o sentimento de mercado, desenvolvimentos tecnológicos e novidades regulatórias. Esta dinâmica específica representa tanto oportunidades como desafios para investidores que pretendem diversificar. Com a evolução do mercado cripto, compreender a sua articulação com as finanças tradicionais torna-se cada vez mais essencial para uma gestão de portefólio e avaliação de risco eficazes no setor dos ativos digitais.
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