O mercado cripto continua enfrentando sérios desafios devido às vulnerabilidades em smart contracts, como fica claro com o prejuízo de US$500 milhões registrado em 2024. Esse risco recorrente reforça a urgência de fortalecer a segurança em aplicações de finanças descentralizadas (DeFi) e blockchain. O volume dessas perdas é ainda mais alarmante quando comparado aos anos anteriores:
| Ano | Perdas por vulnerabilidades em smart contracts |
|---|---|
| 2022 | US$320 milhões |
| 2023 | US$450 milhões |
| 2024 | US$500 milhões |
Os dados apontam para uma tendência de alta nos ataques a smart contracts. Em 2024, um dos episódios mais marcantes envolveu a Bedrock DAO, alvo de uma grande violação causada por falha no contrato de governança. Só esse incidente gerou perdas superiores a US$60 milhões, minando a confiança dos investidores tanto no projeto quanto no ecossistema DeFi. Para mitigar tais riscos, o setor tem intensificado auditorias, adotado métodos de verificação formal e implementado mecanismos de proteção contra falhas. Além disso, projetos como Bedrock ampliam ações educativas para capacitar desenvolvedores na criação de códigos mais seguros e na prevenção de vulnerabilidades.
Quem investe ou transaciona criptomoedas enfrenta uma onda crescente de ataques de phishing e engenharia social cada vez mais avançados, explorando tanto falhas humanas quanto tecnológicas. Criminosos digitais criam réplicas convincentes de sites e aplicativos móveis que simulam plataformas legítimas, induzindo vítimas a informar chaves privadas ou dados de acesso e permitindo o saque dos ativos. As abordagens de engenharia social também evoluíram: golpistas se passam por atendentes de suporte ou funcionários de exchanges para obter informações sensíveis ou induzir transferências indevidas.
Esse crescimento nos ataques acompanha a valorização do mercado cripto. Veja alguns exemplos:
| Ano | Capitalização global do mercado de criptoativos | Casos reportados de phishing |
|---|---|---|
| 2020 | US$758 bilhões | 1.200 |
| 2021 | US$2,3 trilhões | 3.900 |
| 2022 | US$1,1 trilhão | 6.800 |
Os números evidenciam a escalada dos riscos à medida que o setor se expande. Para enfrentar esses desafios, exchanges e provedores de wallet reforçam a segurança com autenticação multifator, chaves físicas e sistemas de detecção de fraudes baseados em inteligência artificial. Mesmo assim, a conscientização dos usuários é fundamental, pois até as soluções mais avançadas podem ser superadas por erros humanos ou manipulação.
Nos últimos anos, exchanges centralizadas de criptomoedas têm se tornado cada vez mais vulneráveis a invasões e riscos internos. O número e o impacto dos ataques aumentaram de forma significativa, com milhões de dólares em ativos digitais sendo desviados. Em 2025, por exemplo, uma grande exchange teve prejuízo superior a US$200 milhões em um só ataque, evidenciando a gravidade do problema. Ameaças internas preocupam igualmente, já que colaboradores com acesso privilegiado podem manipular sistemas e subtrair fundos, como ocorreu em 2024, quando um executivo de exchange desviou US$50 milhões de clientes.
| Ano | Grandes ataques registrados | Perdas totais |
|---|---|---|
| 2023 | 12 | US$850 milhões |
| 2024 | 18 | US$1,2 bilhão |
| 2025 | 22 | US$1,8 bilhão |
A intensificação desses riscos levou a maior fiscalização regulatória e à busca por soluções de segurança mais robustas. Exchanges investem em sistemas de cibersegurança avançados, wallets com múltiplas assinaturas e armazenamento a frio. Algumas plataformas já adotam monitoramento inteligente com IA para identificar atividades suspeitas e ameaças internas. Ainda assim, os perigos persistem, reforçando a necessidade de inovação contínua nos protocolos de segurança e o potencial das alternativas descentralizadas.
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